Vigésimo sétimo encontro “El Universo Audiovisual de la Niñez Latinoamericana y Caribeña”

35º Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano

Vigésimo sétimo encontro “El Universo Audiovisual de la Niñez Latinoamericana y Caribeña”

Havana, 7 a 13 de dezembro de 2013

Somos o que vemos…

Créditos da foto: Pablo Ramos

Este é um dos postulados nos que Herbert Marshall McLuhan embasa seu pensamento com relação aos meios de comunicação. Analisando atentamente esta imagem, e conhecendo a qualidade de certa informação que viaja por essa antena, poderíamos ter uma ideia do impacto possível que ela tem sobre os habitantes dessa comunidade, e suas consequencias.

A foto, realizada por nosso Pablito Ramos, retrata a atmosfera das pessoas às quais ele quis – e nós queremos – dedicar este 27o encontro da infância latinoamericana e caribenha: os desfavorecidos.

Muitos dos tradicionais saberes e fazeres estão em crise, assim como o planeta. A avalanche da tecnologia ajuda e perfura. Sejamos conscientes que os monopólios do cinema e do audiovisual manipulam para si uma versão fragmentada de nosso planeta e se encarregam de falsear e excluir tudo o que está fora dos limites de sua própria parcela.

Então teríamos que nos perguntar: será possível a construção de experiências de educação e comunicação que busquem potencializar a apropriação criativa desses diferentes espaços hipermidiáticos, essa mutante hibridação de meios tradicionais e novíssimas tecnologias, como parte de um exercício de direitos?

Muitas das respostas que encontraríamos poderiam parecer desalentadoras. Mas contamos com a sorte de que, em toda nossa afro-indo-latina grande pátria, se originaram muitas experiências, em vários níveis, que buscam a promoção de um novo tipo de alfabetização que vai além do simples domínio das habilidades matemáticas básicas e do conhecimento elementar dos textos escritos, possibilitando às nossas crianças a expressão sob forma oral, escrita, impressa ou artística ou por qualquer outro meio à escolha da criança, tal como prescreve, em seu Artigo 13, a Convenção sobre os Direitos da Criança . Fomentar projetos audiovisuais com o protagonismo real de nossas crianças e adolescentes, é uma necessidade, sobretudo em povoações afro-descendentes, nas mais distantes comunidades de nossas vilas originárias e nas zonas marginais das urbes de cada um de nossos países. Uma ação necessária para os que não tem nada a perder.

Sempre escutamos Pablo falar sobre esses temas; sempre pendente dos que, como pecúlio, tem a ideia, e somente isso; sempre tratando de levar aos meninos, meninas e adolescentes a credencial da palavra e da imagem.

Revisando fotos, seu sorriso se apresenta para nós, na necessidade de seguir sua obra, que é a obra de todos os que querem que o mundo seja melhor, e um de seus direcionamentos fundamentais é o de que a infância e a adolescência tenham sua própria linguagem.

José Martí disse: “La muerte no es verdad cuando se ha hecho bien la obra de la vida”. Obrigado Pablo.

pablo 1

Assim, convocamos todos os amigos e amigas, interessados, aqueles que são capazes de ver em uma criança uma fonte de imaginação, aqueles que ficam comovidos com o olhar desvalido de uma criança, a estar conosco neste encontro, para confrontar nossas experiências, dialogar e nos tornarmos de alguma maneira melhores.

Esperamos vocês com o aperto de mãos e o abraço sincero, dispostos a semear e a repartir.

Eileen Sanabria
Carlos León

Oficina Red UNIAL
Casa del Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano
Calle 2 no. 411, e/ 17 y 19, Vedado, C. P. 10400
Ciudad de La Habana, Cuba.
Tel. (53 7) 831 9742
E-mail: [email protected]

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